quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Depois que aprende, não esquece mais!

Como dói amadurecer! Olhar para o mundo e dizer que aqui já não há mais uma garotinha que é protegida por tudo e todos, aqui há uma mulher que se protege, que tem que aprender a se proteger, dizer não para o que a vai fazer mal e saber identificar isso, porque não há mais o "eu não sabia", depois de um tempo vivido, de algumas boas experiências não dá mais para continuar errando e tapando os olhos para os fatos.
E para isso é preciso estar consciente que a decisão tomada é tua e não de alguém que disse que o melhor caminho a tomar é tal, chegou a hora de tu saber o que fazer, como fazer e quando fazer, chegou a hora de para de perguntar, assumir o controle e dizer é assim e assim que vai ser, porque eu tenho certeza que esse é o certo (para mim). E tudo isso porque tu já passou por todas as etapas do crescimento para ter o discernimento de decidir.
Chega de rodinhas para quem já aprendeu a pedalar e se equilibrar... (o difícil é administrar o medo da queda, para isso é preciso acreditar em si e saber que se cair, sacode a poeira, cura as feridas e vai de novo).

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Envolvida pela escrita

Essa semana a reflexão foi sobre solidão.
Falei no post anterior que estava no casulo e que ia me transformar numa borboleta, sinto que isso vai demorar mais do que eu imaginava.
Realmente há mudanças acontecendo, algumas já aconteceram, mas permanecerei no casulo durante um tempo significativo.
Desta vez direi de quem é a culpa, a culpa é da minha dissertação. Meu pensamento está muito focado nisso. Sinto saudade dos meus amigos, falta de relaxar e não pensar em nada, mas esses momentos serão pequenos durante o período "casular" (acabei de inventar essa palavra). Estou com a concentração total na escrita, muitas leituras, pesquisas, organização do pensamento... Nesta semana, tudo isso foi intenso, faço intervalos para trabalhar, correr, namorar...intervalos mínimos...
Hoje, sexta-feira à noite, estou sozinha em casa, lendo livros sobre a pesquisa histórica.
Estou me sentindo muito estranha com tudo isso, acho que é a primeira vez que não estou conectada com ninguém, apenas com as minhas coisas. É a primeira vez que não sinto a necessidade de estar com alguém ou ter a certeza que verei, conversarei ou tocarei alguém. É a primeira vez que não necessito de uma base para me manter em pé.
Esse sentimento é muito estranho...nem o meu namorado eu sinto como necessário ou parte de mim (essa semana foi intensa para ele também e o contato foi pouco)...me sinto inteira e leve.
Sinto-me como essa imagem que achei na internet.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Formando asas coloridas

Oi, tudo bem? Quanto tempo, né?
A vontade que eu tenho é colocar uma carinha espiando, sabe aquelas carinhas que fazem com letras? Sim, essas mesmas! Uma carinha como se estivesse saindo de atrás de uma janela, de um muro, de um balcão...uma carinha que estava escondia e agora está ensaiando uma aparição! Algo do tipo __mO.Om__...é realmente não é meu forte...melhor escrever!
Sim...estive escondida! Por quê? Não sei!
Posso dizer que é por causa do mestrado...hummmm...acho que não!
Por causa do namorado? Menos!
Por quê então?
Acredito que é mais uma fase de casulo! Minha casa, meu escudo do mundo!
Não, não...não estou com medo do mundo...estou afim de me olhar sem a influência externa...já fiz isso várias vezes, essa é mais uma!
Entro no meu casulo, me metamorfoseio e saio melhor!
Já aconteceu de me esconder porque não estou apta para socializar, não estou com vontade, não quero me fazer de alegre e feliz, mas neste momento não é o caso!
Sinto mais uma mudança interna acontecendo e sinto-me criando asas coloridas, prontas para alçar vôo e alcançar a liberdade! :)
Essa carinha eu sei fazer!!!!! :D

domingo, 31 de outubro de 2010

Decepção, entendimento e liberdade

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela ´vende´ de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. ...Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa ´inventou´ um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real. MARTHA MEDEIROS

Algumas vezes já comentei que tenho medo da Martha Medeiros, porque os olhos dela enxergam muito mais longe, na verdade, ele se ouve e se entende, ouve e entende as pessoas, interpreta e expressa isso de maneira clara e única. Nesta frase, ela sintetizou claramente os sentimentos de decepção, como ele surge, porque ele surge e as maneiras que ele vai embora. Acredito que ela entendeu como tudo acontece empiricamente através da vivência participativa e da observação. Não precisamos passar pelas coisas para aprendermos, observando o que acontece ao nosso redor já é uma forma de aprendizagem. Outra forma de aprender é entendendo o comportamento das pessoas no geral, que elas não são perfeitas que erram, e que se erram e tem tal comportamento é porque tiveram uma razão, e esta razão pode estar impressa no conjunto de experiências que ela passou e na sua forma de reagir a estas experiências, tentando sobreviver. Assim fica mais fácil perdoar, diminuindo o sofrimento causado pela decepção. Também fica mais fácil perdoar, quando nos damos conta que nós também erramos. O perdão liberta quem perdoa e quem é perdoado.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

1 já foi...

Faz tempo que tenho muitos pensamentos para colocar aqui. Refleti sobre todos os tipos de amigos, a falta de dinheiro e o seu emprego, sobre meus desejos, o que eu gosto e o que eu não gosto em mim, sobre o meu futuro, sobre me aceitar e perdoar, além de medos e coragem, enfim, sobre tudo que me rodeia, tudo que é interiorizado e está no interior. Mas agora olhando para esses pensamentos, achei melhor escrever sobre todos eles, mas no último ano.
Meus 31 anos estão chegando e junto com eles a vontade de me ver neste ano que passou. Quando cheguei nos 30, olhei para os 30 anos passados, fiz um balanço até bem positivo de tudo, agora a contagem é reiniciada. Por quê?
Não sei dizer racionalmente, mas sinto que mudei radicalmente desde que entrei nos trinta, minha vida mudou.
Isso tudo iniciou aos 29 anos, quando entrei no mestrado, seis meses antes de fazer 30, meu externo estava mudando, reflexo do interno. Vejo isso como uma preparação para as verdadeiras mudanças que vieram com os 30.
Nos 30 aprendi o meu valor e como estou bem comigo mesma, foi difícil ver e aceitar que eu já tinha chegado a este ponto, resisti, não achei que fosso possível eu me sentir bem em estar comigo mesma, me amar como estava me amando, amar de verdade, amar perdoando e sem condições, isso refletiu no externo.
Aí apareceu um outro amor, um amor materializado, apareceu um amor para contribuir para esse bem estar. Surgiu um homem que contém todas as coisas que desejei em alguém, inclusive os defeitos que eu imaginei que ele poderia ter, por saber que com estes eu saberia lidar, vieram mais alguns de brinde, mas veio também uma qualidade que compensa, a qualidade de querer ser feliz e querer buscar isso.
Mas a maior e melhor colaboração desse novo amor é a de sempre me estimular a me melhorar, porque com ele necessito passar por cima de alguns vícios de pensamentos e comportamentos, aceitar os outros como os outros são, bem como reconhecer as minhas fraquezas, carências e limitações, isso é muito bom, porque assim posso me aceitar e me modificar.
Mudei e quero continuar mudando.
(Continua...)

sábado, 9 de outubro de 2010

O resto... é o resto...

Hoje é um post rápido, sem muita profundade, mas com uma reflexão cheia de carinho...
Como é bom ter amigos! Parece uma frase clichê, pronta, que ouvimos a todo momento, mas agora ela está sendo dita com o coração.
Nestas últimas semanas estou tendo a oportunidade de rever amigos, de falar com outros que a tempos eu não falava e, assim, saber que eles permanecem aqui, comigo...
E como é bom saber que, algumas amizades - não todas, porque para amar é preciso tempo, dedicação, convivência e confiança -, nem a distância, nem o tempo, nem adversidades, podem mudá-las, nos reencontramos e continua a mesma coisa, o mesmo carinho, o mesmo ouvido paciencioso, as mesmas risadas, tudo com pitadas de maturidade, mas o amor perpetuado.
Pessoas que me conhecem profundamente, com todos os meus defeitos, assim como as conheço, e por isso mesmo nos amamos, porque somos imperfeitos e sabemos que a nossa convivência vai nos tornar melhores. Não temos medo de mostrar os nossos defeitos, porque sabemos que seremos repreendidos por eles... nossos defeitos serão esfregados na nossa cara... mas como mudá-los se não o conhecermos?
Independente da forma como isso é feito, a confiança é tanta, que sabemos que sempre é feito por e com amor...
Cada vez mais tenho a certeza que devo continuar amando profundamente meus amigos e me dedicar plenamente a todos eles, porque isso é ser verdadeiro...
Hoje, nestes oráculos da internet, que não podemos confiar, recebi uma mensagem, que ao contrário do normal, foi muito pertinente...por acaso??? Nãooooo! Ei-la...
Sua sorte do dia (9 out): Amigo é aquele que conhece e ama você como você é

sábado, 2 de outubro de 2010

Vida bandida

Não quero escrever...perdi minha identidade, não sei mais quem eu sou, estou tentando me descobrir, me amo e me odeio ao mesmo tempo, tenho lados que não conheço e lados que quero deixar de lado, sou muito inconstante, mas sei que a constância é necessária em alguns momentos, tenho fé nos outros, em Deus, mas aqui comigo não tenho nenhuma... tem tele-entrega?
Alguém sabe onde está meu umbigo? Faz tanto tempo que não o vejo, mas agora só quero saber dele...se alguém ver, mande ele voltar para o lugar dele, que é na barriga, aquele lugar reservado para um rei, que nunca apareceu...e se virem o rei, digam que há um lugar ardente para ele...minha boca do estômago cospe fogo!