segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NÃO ATRITE-SE!!!

Vim correndo responder a questão do final do post anterior...
O amor é a resposta! (Alguém já falou que o amor é a resposta para tudo, alguém MUITO mais sábio que eu, que me ensina todos os dias).
O amor é paciêncioso, compreensivo, carinhoso, portanto, não se ATRITA.
Está aí a razão por não me atritar com meu namorado, o meu amor por ele. E continuarei assim, evitando atritos!!!
Esta constatação me fez ganhar o dia!!! :)


E SIIIIIMMMMM....eu quero sempre mais...
MAIS ELE JUNTO DE MIM!!!!

Aparando

Mais uma vez, chega até mim uma mensagem me respondendo à indagações que levanto, nesse mar de pensamentos que me assolam. Semana passada foi mais uma semana forte para mim, me "atritei" duas vezes no mestrado, não me "atritei" com o meu namorado e ele me comentou algo que me fez pensar...
No mestrado, eu levantei a voz para uma colega que levantou a voz para mim, até aí pareceu natural, mas não na sala, durante uma aula, com a professora que quero prestar doutorado presente. O que me consola é que o modelo de aluno que ela tem (seu primeiro orientando - o Luis) era assim, eu mesma me sentia intimidada por ele e não discutia. As vezes, acho que fiz o que devia, outras acho que poderia ter pegado mais leve, e a conclusão que eu chego, fiz correto na hora, mas nas próximas tenho que me conter.
Agora me vem outra questão...por que não me atrito com meu namorado? Sou super ponderada com ele, não consigo despejar minhas inquietações nele, e isso me frustra um pouco, não sei como resolver isso. Gostaria de me atritar com ele, às vezes é necessário e acho que lapidaria o relacionamento. Conheço muitas pessoas que tem medo dele, por ele ser brabo, isso ajuda um pouco para eu não me atritar com ele, também sou braba (também conheço pessoas que não me falam algumas coisas), então se um dia isso acontecer...não sei o que acontecerá com o relacionamento. Procuro conversar sobre tudo que acho que devo, mas tem vezes que não consigo chegar nem na metade do que eu queria falar.
Será que sou eu que quero sempre mais?

Li o texto pela segunda vez, vi que não concordo com todo ele, também acho que através do amor é que podemos auxiliar alguém a se modificar. E amor é carinho. Sim! Também é firmeza, mas firmeza com carinho e não impondo...criei outras questões...mas isso é assunto para outro post.

Quanto ao texto, deixo para vocês formarem sua própria opinião. Ei-lo:

A T R I T O S


Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.

Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.

Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.

Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.
Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.

Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas.

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.


Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.

Ora, esse sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final:
ATRITE-SE!


Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

(Autoria: Roberto Crema)






quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lista profunda

Às vezes eu tenho medo da minha profundidade.
Não é todo mundo que gosta disso, não é todo mundo que consegue aprofundar junto...é mais fácil viver à margem...ficar no raso...para aprofundar é preciso ter fôlego e coragem para levar o olhar para locais onde nem todos conseguem ir...
Sei que normalmente pessoas rasas são mais leves, talvez por isso eu tenha medo da minha profundidade.
Em alguns momentos eu consigo ser rasa, e isso me alivia, mas não é sempre.
Ontem, após um dia tenso no mestrado, um dia no qual a profundidade foi para além de alguns fôlegos, não consegui voltar para a superfície.
E fiquei com medo de perder as pessoas que estão na beirada. Mostrando que ser profundo não é melhor que ser raso e vice-versa, o importante é (o) ser humano.



Nessa minha profundidade, consigo ver coisas em lugares que algumas pessoas não vêem.
Como por exemplo ouvir uma música e absorver uma letra, fiz isso com a música de um ser que dizem não ser tão humano assim (já me contaram que ele é egocêntrico), mas que escreve profundidades. Ele tem a arte de fazer "ironia socrática", ADORO perguntas...

A LISTA (Oswaldo Montenegro)


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

Engole!!!

Não sei o que está acontecendo...estou sentindo um aperto no peito, uma angústia que não sei dizer de onde vem...é algo inexplicável...gostaria de estar escrevendo algo melhor hoje...mas não é possível!
É uma sensação estranha...como se algo estivesse fora do contexto...eu estivesse fora do contexto...parece que o mundo está num nível e eu em outro...como se eu estivesse caminhando no ar...
Parece que está acontecendo algo que eu não posso atuar, nada fazer, nem se eu soubesse o que há...isso dá medo!
Estou com uma vontade inexplicável de chorar, mas não sei pelo o que chorar, porque chorar, como se eu chorando colocasse para fora esse nó na garganta...
Já liguei para a minha mãe, para o meu namorado e, aparentemente, está tudo bem. Até meu tio que está muito doente, já está em casa (graças à Deus).
Por falar em Deus, acredito que só Ele pode me ajudar agora...
Quando eu descobrir o porquê dessa sensação, prometo dividir a informação e não apenas a sensação.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Até...

Só para deixar algo registrado sobre hoje...
Falei com a minha prima sobre nosso tio que está no hospital correndo risco de morte e tentando consolá-la, disse algo que me fez pensar: "só temos medo de perder alguém, porque temos alguém para perder".
Quando disse isso me dei conta das minhas palavras. Nelas estava inscrito nas entrelinhas um agradecimento por termos podido dividir um período com pessoas tão especiais. Pessoas que quando se vão, fazem falta. Pessoas que se fizeram presentes nas nossas vidas, na verdade, que foram um presente para as nossas vidas.
Dois anos, três perdas, com o risco de ter mais uma...
No lugar da dor coloco a certeza de um outro encontro...

"...Eu aprendi a ter

Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste mundo
O verão acabou".

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Individualidade X individualismo

Essa questão apareceu na minha vida nesse momento, nunca tinha pensado que existe essa diferença, até eu me deparar com ela e ter que definí-la, para poder argumentar sobre.
Como sempre joguei no Google, apareceu vários textos, vou falar um pouco sobre o assunto com a ajuda deles, mas antes vou colocar a definição pelo dicionário eletrônico.
INDIVIDUALIDADE: o todo do indivíduo ou do ser, qualidades particulares do indivíduo.
INDIVIDUALISMO: sistema oposto ao de associação.
Nota-se que a diferença entre eles é gritante, mas a confusão no nosso dia-a-dia é comum, na ânsia que temos de manter a nossa identidade. Como é possível ver, é possível manter a individualidade sem individualismo.
Individualidade é a nossa personalidade, nossa maneira de ser, como vemos o mundo, ideologias que simpatizamos, é ter consciência disso tudo e preservar o que, disso tudo, desejamos. O individualismo é o não relacionar o que temos, não nos deixarmos fazer parte de algo, ou não permitir que entrem no nosso mundo.
O individualismo é uma doença, mas a individualidade, que representa nossa identidade física e psíquica, deve ser preservada, pois é uma fonte de saúde da mente.

Individualismo tem a ver com egoísmo, com pensar sempre no melhor para você mesmo, em detrimento das necessidades das pessoas que te cercam. Individualidade tem a ver com sua personalidade, com aquilo que você é.
O Individualismo é uma teoria segundo a qual cada pessoa deve usufruir a máxima liberdade e responsabilidade para determinar seus objetivos, escolher os meios de alcançá-los e agir de acordo com tais pressupostos. Sustenta a autodeterminação, a auto-suficiência e a liberdade irrestrita do indivíduo. Ser individualista é não olhar pro outro, não dialogar, não respeitar limites nem deveres. É olhar só pra dentro e ainda assim não ver o que está dentro.
Enquanto na individualidade, se vive com os outros, divide-se sua vida com os outros, porém se continua sendo a mesma pessoa. O que só é possível quando se tem segurança do que se é, e isso só o autoconhecimento dá. É saber que é uma parte única pertencente à um todo.

Tem se ouvido tanto que nos relacionamentos é preciso manter a individualidade, mas a linha é tênue e facilmente pode ser confundida. Quem é individualista não possui relacionamentos e não consegue levá-los adiante... A pessoa que tem consciência de sua individualidade entra num relacionamento por inteiro, pois sabe que é completo, e um todo indissociável, completando com toda a sua essência um quadro inacabado.


Quem eu quero ser!

Eu sempre gostei daquela frase: "eu prefiro ser do que ter". Acredito muito nisso, a felicidade verdadeira é quando temos consciência que nos tornamos seres humanos melhores moral e espiritualmente.
Ontem recebi um pps que realmente me surpreendeu. Não gosto muito dessas coisas, mas sei que as vezes eles me salvam o dia. No meu email eu tenho uma pastinha onde coloco todos os que me enviam, geralmente sem serem abertos, de repente num dia que não estou com um astral muito bom, vou lá abro um deles que o título me agrada e zaz, meu dia foi salvo. A mensagem caiu como uma luva e mudei minha energia e meus pensamentos.
Esse pps foi diferente, o recebi e resolvi abrir por abrir...me deparei com as minhas ideias sobre a pessoa que eu quero ser e o tipo de pessoa que quero próxima de mim. Continuo me treinando para aceitar as pessoas como são e não exigir delas que sejam como eu quero...mas tudo seria tão melhor se todos se esforçassem para serem assim...
Mario Benedetti, poeta uruguaio, descreveu de forma belíssima os caminhos para sermos pessoas "gostáveis" (pelos outros e por nós mesmos).

DA GENTE QUE EU GOSTO

Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva sues sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.


Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.


Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.


Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.


Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.


Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.


Eu gosto de gente fiel e persistente, que no descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideias.


Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.


Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereótipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosta de gente que tem personalidade.

Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.


A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.

Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida… já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.


Impossível ganhar sem saber perder.


Impossível andar sem saber cair.


Impossível acertar sem saber errar.


Impossível viver sem saber reviver.



A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.


E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILEGIO DE PODER EXPERIMENTAR.

Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota…

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Para além do coração...

Já estou quase mudando o nome do blog. Os últimos posts têm sido muito melados, daqui a pouco vai dar abelha aqui.
Mas como tudo na vida é em ciclos, então vou manter a rotina desse período e vou escrever sobre l'amour.
Esses dias me deparei com um videozinho do youtube, uma animação ao som de Edit Piaf, com o título A Quoi Ça Sert L'Amour? (Para que serve o amor?)
http://www.youtube.com/watch?v=94ZaQkTCM40&feature=player_embedded#!
PERFEITOOOO!!!
A versão em português da letra é:

Pra que serve o amor


Pra que serve o amor?
A gente conta todos os dias
Incessantemente histórias
Sobre a que serve amar?

O amor não se explica
É uma coisa assim
Que vem não se sabe de onde
E te pega de uma vez

Eu, eu escutei dizer
Que o amor faz sofrer
Que o amor faz chorar
Pra que se serve amar?

O amor, serve pra que?
Para nos dar alegria
com lágrimas nos olhos
É uma triste maravilha

No entanto, dizem sempre
Que o amor decepciona
Que há um dos dois
Que nunca está contente

Mesmo quando o perdemos
O amor que conhecemos
Nos deixa um gosto de mel
O amor é eterno

Tudo isso é muito lindo
Mas quando acaba
Não lhe resta nada
Além de uma enorme dor

Tudo agora
Que lhe parece "rasgável"
Amanhã, será para você
Uma lembrança de alegria

Em resumo, eu entendi
Que sem amor na vida
Sem essas alegrias, essas dores
Nós vivemos para nada

Mas sim, me escute
Cada vez mais eu acredito
E eu acreditarei pra sempre
Que é pra isso que serve o amor

Mas você, você é o último
Mas você, você é o primeiro
Antes de você não havia nada
Com você eu estou bem

Era você quem eu queria
Era de você que eu precisava
Eu te amarei pra sempre
E a isso que serve o amor.

A Caroline (minha priminha, que em certo momentos vira uma irmã mais velha) ainda vem me dizer que viu no Rio de Janeiro, Bibi Ferreira cantando Edit Piaf, e que essa música estava no repertório...quase morri de inveja!!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Certas coisas...

Gente que engraçada é a vida, né?
Como nós somos engraçados...somos camaleões nos sentimentos.
O que eu acho mais bonito nisso é como temos medo da mudança, como ficamos agarrados a coisas que não nos servem mais. Daí vem as mudanças, que se não as fizemos por nossa conta (e risco) elas atropelam.
Essas mudanças acontecem dentro de nós também, sentimos elas acontecendo e vem um pânico que não sabemos o porque vem.
Passei por essas fases...
Hoje noto que eu entrei nesse pânico e vejo o resultado da mudança.
Estou muito mais sensível, doce, romântica, meiga...muito diferente da Carolina forte, fria, durona...ela ainda está aqui e pode ser usada se precisar, mas ela não é mais a minha representação.

O retrato são as músicas que tenho ouvido, são as idéias que tenho tido, é a minha maneira de olhar para mundo.

Esse post é resultado de inspiração após ouvir essa música...

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...


Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...


Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bem? Quase nada...

Neste exato momento vim falar sobre aleatoriedades, tenho que passar o tempo, estou esperando o meu amor para jantarmos, e (acreditem) fui eu que fiz o jantar!
Resolvi fazer essa jantinha hoje, pois minhas férias estão acabando, daqui a pouco vou voltar para a correria do dia-a-dia, ter meu olhar focado para o mestrado e não terei tempo de organizar coisas assim. Outro motivo para fazer essa janta (confesso) é para adular o meu amor. Ia escrever que ele não está lá merecendo muito, mas se realmente ele não estivesse merecendo, eu não faria.
Esse tempo ao lado dele tem me ensinado muito, está sendo um exercício para essa solteirona convicta, um treinamento que está me tornando melhor e me deixando muito feliz. Qual a razão para nos relacionarmos com as pessoas se não é o crescimento moral e emocional através do convívio? E isso eu tenho conseguido com ele. Bom...tem um outro bom motivo, acho que até maior que o anterior, a nossa necessidade de amar e sermos amados. E o que adianta amar e não demonstrar? Não deixar que a outra pessoa se sinta amada? Como é amar sem cuidar? São quase sinônimos...
Então, para cuidar bem do meu amor (cuide bem do seu amor, seja quem for) caprichei no cárdapio.
O cardápio de hoje será Alcatra assada com molho de vinho branco e Batatas assadas com queijo, para beber vinho tinto Cabernet Sauvignon, como aperitivo queijo colonial com pimenta calabresa e queijo provolone, a sobremesa... ah, deixa para lá...

Vanessa, se tu ler esse post, saiba que tu colaborou muito para tudo isso. Teu discernimento e maturidade emocional me guiaram em vários momentos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Círculo vicioso

É...ando afim de conversar...
Todos cometemos erros, muitos erros e as pessoas podem ser cruéis conosco por conta deles.
Como gostaria de voltar no tempo e mudar algumas coisas, gostaria de apagar o passado.
Esse passado que quando aconteceu não parecia ser tão errado ou foi por impulso, mecanismo de defesa, medo...tantas razões...mas o que conta mesmo, não é o porque isso aconteceu, mas que tu fez...
Aviso aos navegantes (da Internet) que não existe pessoa mais cruel do eu para comigo mesma, tanto que me condeno de uma forma que não aceito o meu passado, que carrego uma culpa que me leva para o fundo do poço, se ainda fosse costume se auto flagelar, as marcas da culpa não estariam apenas no emocional, mas no físico.
É por essa crueldade toda, que tenho essa falta de equilíbrio emocional quando algumas coisas acontecem... e depois me culpo por elas acontecerem...
É...Quero mudar!

História do Amor

Pesquisando para entender um pouco mais sobre análise iconográfica, pois terei que fazê-la nas imagens para a minha dissertação, achei um texto lindo na Internet e me fiz a mesma pergunta que a autora fez "Por que o amor não faz parte do universo temático da História - pelo menos da História que se escreve no Brasil?". Não sou historiadora, apenas faço pesquisa em história do ESPORTE, no máximo poderia fazer a história do amor pelos esportes, o que me parece meio complicado. Mas com certeza, se eu fosse historiadora, esse seria meu tema. Ao ler o texto: Entre a Pintura e a Poesia: o nascimento do Amor e a elevação da condição feminina na Idade Média, me deparei com a descrição detalhada de pinturas que retratam o amor e senti que valeria a pena trazer alguns fragmentos, bem como poesias - o texto na íntegra está no endereço: http://www.ricardocosta.com/pub/amor.htm . Inspirador...




Amantes (31 x 18). Detalhe da decoração do teto (em madeira) do claustro da abadia de Sto. Domingo de Silos (século XV - Burgos).

Primavera, desabrochar das flores. Um jovem casal de enamorados se encontra em um ambiente natural - lugar por excelência das aventuras amorosas. Neste pequeno pedaço de terra, nesta “ilha do amor”, eles estão cercados de plantas, imensas, exóticas, que circundam o espaço. O ambiente transpira paixão. O ar está vermelho, quente. Os rostos estão colados, postura típica dos enamorados medievais; os pés unidos do jovem sugerem que ele está sentindo intensamente o contato físico de sua amada; as vestes têm o mesmo bordado e a mesma cor, indicando a harmonia e a perfeição do amor do casal, pois na Idade Média a relação entre os personagens na pintura se baseava na alternância rítmica das cores.

As mãos, elas dão o movimento e explicam os atributos dos personagens ou o motivo pelo qual estão inseridos na cena. Repare na posição das mãos do casal: a dama impede suavemente o avanço do cavaleiro, com sua mão esquerda tocando o peito dele; sua atitude é aparentemente contida, já que sua mão direita o envolve. Ela quer e não quer. Dualidade feminina. Por sua vez, o cavaleiro, apaixonadamente ousado, a abraça com sua mão esquerda, enquanto a direita, insinuante, acaricia carinhosamente um de seus seios.

Na parte superior da imagem, duas linhas negras, vindas da esquerda e da direita, se entrecruzam no meio e evoluem para baixo, formando uma figura triangular que dá a impressão de estar viva, pois no interior de suas linhas se espremem dezenas de “copos-de-leite”, planta aquática branca e em formato de um copo semicônico, considerada erótica por possuir um talo arredondado em torno do qual se desenvolve a flor - símbolo feminino -, um caule amarelo no meio - representando o falo, e do qual exala uma suave fragrância convidativa ao amor.

As linhas negras entrecruzadas ressaltam que o casal está naquela “ilha do amor”. Para destacar isso, o artista recorreu à chamada “arte de reforçar”, isto é, elevar o que se encontra por trás ou ao redor e mostrá-lo por cima. Assim, tudo o que está nele se vê de cima, como as flores. O fato de estarem cercados de água por todos os lados assegura a intimidade do casal: trata-se, portanto, de uma cena íntima. As mãos no peito e as flores eróticas circundando a cena indicam que o momento do amor se aproxima.

Complementando a cena, acima, à esquerda e à direita, um arranjo laranja com as mesmas plantas, como se fosse uma extensão natural dos pensamentos compartilhados do casal. Afinal, na Idade Média, a concepção vigente era de que o corpo humano, formado pelos quatro elementos, se estendia e se comunicava com toda a natureza.

Quando a vejo reconheço-me

Nos olhos, no rosto, na cor,
Pois tremo de medo como a folha ao vento
Uma criança tem mais juízo que eu
De tal modo me sinto possuído pelo amor
E de um homem vencido desta forma
Bem poderia uma dama ter grande piedade
(Bertrand de Ventadorn, c. 1150-1180)


Konrad von Altstetten. Cod. Pal. germ. 848. Große Heidelberger Liederhandschrift (Codex Manesse). Zürich (1305-1340). 249v. Detalhe. A linhagem dos von Altstetten, documentada desde 1166, tinha sua residência em Oberrheintal, no Vale do Alto Reno. Estavam a serviço do abade de Saint Gallen.



(...)O cantor no detalhe dessa primeira miniatura chama-se Conrado de Altstetten. Era um conde. Suas canções pertencem ao período tardio dos Minnesangers (final do século XIII). A iluminura mostra uma dama abraçando seu cavaleiro de uma maneira muito envolvente. O abraço amoroso é um tema comum nas pinturas dos cantores alemães. Sentado a seus pés, reclinado, fascinado por sua beleza e pelo contato físico de seu amor, o cavaleiro se entrega passivamente aos seus carinhos, com seus olhos nos olhos dela.

Para aumentar a sensação de ternura da pintura, o iluminista colocou a dama debruçada suavemente sobre seu amado, com seu rosto tocando o dele. Repare, sua atitude é a de quem está tomando a iniciativa, especialmente pela posição de seu braço esquerdo, envolvendo Conrado.
Por sua vez, o cavaleiro está com seu corpo estendido como se estivesse em um divã. Essa postura é semelhante ao amante romano, embora invertida: em Roma, a atitude emblemática do amante é rolar sobre sua serva “como sobre um divã”; aqui, pelo contrário, o homem está inerte, embevecido, ele é o divã, ela é quem o envolve. Sinal dos novos tempos de elevação da condição feminina. Enquanto recebe as carícias de sua amada, Conrado protege sua mão esquerda com uma luva branca para acolher um falcão, o que confere à cena um equilíbrio harmonioso. Ele a apóia sobre sua perna esquerda para melhor suportar o peso da ave.

Símbolo de sua nobre coragem e de seu prestígio, o falcão parece também estar envolvido pelo ambiente amoroso, pois bica suavemente algo que se assemelha a uma pequena fruta na mão do cavaleiro, que tem dois longos e finos caules também vermelhos - nas imagens medievais, como nos Bestiários, muitas vezes os animais são retratados incorporando os sentimentos de seus donos, como se fossem uma extensão natural deles.

O ambiente que cerca o casal apaixonado está ornamentado com um roseiral - a rosa simboliza o Minne e sua amada (frouwe). Um jardim de rosas: este é o locus típico dos amantes, pois o roseiral também pode simbolizar os pensamentos carinhosos que os dois compartilham no momento - um cenário muito semelhante à iluminura do Conde Rudolf von Neuenburg, embora nesta última o cantor esteja sozinho escrevendo uma canção e pensando em sua amada.

Por fim, esta miniatura pode ser uma ilustração da última canção de Conrado: “Seu beijo seria um penhor que eu aceitaria na hora por mil marcos. Um abraço destes braços brancos é o que deseja este cantor de rimas”

Isso é só uma amostra do artigo, vale a pena ir até lá e lê-lo inteiro, tem muito mais. Para encerrar este post trago o conceito de amor do texto através dos filósofos: "O amor é um sentimento sublime, força unificadora e harmonizadora desde a Grécia Antiga. Para Platão, o amor é falta, necessidade, desejo de conquistar e preservar o que se conquistou; o amor dirige-se para a beleza, aparência do bem (O Banquete, 200a, 205e). Aristóteles, por sua vez, considerava o amor sexual, uma afeição que conduzia à amizade, sentimento superior (Ética a Nicômano, VIII, 3, 1156b); ninguém seria atingido pelo amor se não fosse ferido pelo prazer da beleza (IX, 5, 1167).

Porém, acredito que cada um tem seu conceito sobre o que é o amor, os que amam, os que já amaram e os que ainda não amaram, todos tem dentro de si uma ideia do que seja, mas tudo isso são só palavras que nem se aproximam do que é senti-lo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Penso sempre... "quando você não está por perto"


Eu quero ficar nu diante dos seus olhos
Falar bem perto do seu ouvido
Decifrar tua alma e os gemidos
Temos tempo pra viver
Quero descobrir o amor de novo
Encontrar em alguém o que eu procuro
Livrar o amor do escuro
E destruir o muro
Que cerca meu coração
Vai ser bom pra mim
Ficar só‚ é tão ruim
Vai ser bom pra mim
Ficar só‚ é tão ruim
A vida me sorriu, permitiu você nascer
Estrela pra dar sorte
Por tudo o que a gente fez
É pura tua luz, teu rosto, teu olhar
Quando voce está longe
A mim só resta lembrar
Quando você não está por perto
Meu mundo é um deserto no fim

Vejo flores em você


Eu penso demais! Ou, TU pensa demais!Quantas vezes eu já ouvi essa frase?
Pelo menos uma vez de todas as pessoas que ficam tempo suficiente perto de mim e mil vezes por dia de mim mesma. Somando, deve dar um milhão de vezes por semana.
Agora, pergunta se adianta? Te respondo que não, continuo pensando.
Esse será um bom objetivo para 2010, parar de pensar. Seria a glória!
Imagina, eu não tendo que brigar com meus pensamentos?
Hoje já discuto com eles. Antes eu os ouvia, hoje há discussões gigantes.
"Não! Vocês não vão me dominar!!"
A única coisa ruim é que se não fossem por eles, esse blog não existiria. Esse espaço é um lugar onde, muitas vezes, venho desabafar. Minha mãe não está aqui, minhas amigas tem a vida delas, namorado não é a pessoa mais indicada para despejar anseios, então...
Escrevendo aqui me conheço um pouco melhor, organizo pensamentos, entendo minha viagens mentais, vejo mais claramente, porém não consigo escrever nem 1/3 do que me deixa inquieta.
Hoje estou mais tranquila, porque sei que terei um apoio a partir dessa manhã.
Chegou minha reavaliação dos florais, e mais uma vez fiquei de queixo caído.
Tudo que eu senti que era a origem das minhas dificuldades, inseguranças, ansiedades. Eu já me conheço um pouco, sei quando estou entrando em desequilíbrio e era o que estava acontecendo.
Minhas cicatrizes são muito profundas, preciso fechar com pontos internos. É dessas marcas que vem os pensamentos podadores. Que droga! Porque não posso vencer as provas da vida sem que elas deixem resquícios? Quero aprender a esquecer e apagar marcas!
Inspirarei-me no poeta: "Um dia a gente aprende..."
Bom saber que quando se precisa...algo aparece iluminando o caminho e a esperança de cura total volta.