terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FEAR

Depois de uma conversa longa com meu professor de inglês, que faz as vezes de terapeuta, uma aula e outra.
Ele me falou que a nos EUA é costume dizer que a palavra FEAR, que significa medo, é uma sigla.

FEAR = False Expectations Appearing Real

Fatos e acontecimentos desta semana me fizeram refletir sobre isso. Como o medo se manifesta nas nossas decisões, sem nos darmos conta. Essas falsas expectativas que parecem reais, entram na nossa mente como uma realidade, e se não fizermos algo, rapidamente, seremos devorados por um monstro sugador de felicidade. Mas essa necessidade de "ter que fazer alguma coisa", de "ter que proteger", de "ter que fugir"... é puramente ilusória, na maioria das vezes, porque o medo não enxerga fatos concretos, transforma o Snoopy em lobo-mau.
Se formos olhar profundamente para as nossas ansiedades, angústias, nervosismos, etc, etc e etc, todas que conhecemos bem, porque são nossas companheiras do dia-a-dia, elas estão centradas no medo.
Medo do futuro, porém com raízes no passado.
Quando sofremos muito por algo ou com algo, tememos revivê-lo em algum momento. Ao MÍNIMO sinal de que isto possa acontecer, nos cercamos de armamentos pesados para combatê-lo, nos limitando.
O medo é paralisador, limita o horizonte. Deixamos de viver por medo e, muitas vezes, desistimos antes de correr o risco e ver nada irá acontecer, porque não estamos analisando fatos reais, mas o que eles significam para nós, com uma boa dose de fermento que os fez crescer e se multiplicar. Reproduzimos pessoas em outras, que não tem nenhuma semelhança.
O único personagem que se repete de uma história para outra, somos nós mesmos. Portanto, cabe à nós, mudarmos e encarnarmos outro personagem, de acordo com a nova história que se inicia.
A história anterior, foi um capítulo necessário, para se chegar ao final feliz. Somos ao mesmo tempo personagem, autor e roteirista, escremos, vivemos e determinamos o que fica e o que é descartado.

Vi, vivi, mudei, senti tudo isso acontecer e, hoje, ouvi:

"Ei, dor! Eu não te escuto mais, você não me leva a nada!
Ei, medo! Eu não te escuto mais, você não me leva a nada!"

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