Quase sem querer

Corro quase todos os dias, é primeira atividade do dia depois do café da manhã (não tenho vida antes dele), além do sentimento de missão cumprida que tenho posteriormente, da sensação de estar emagrecendo a cada passada (sei que é ilusão, mas motiva) é o prazer de correr ouvindo a Itapema FM. Sou fã dessa rádio, se ligo o rádio é nela que coloco de cara, ela me faz companhia sempre que saio de casa, coloco o pé na rua e os fones no ouvido simultâneamente. Sempre ouço as minhas músicas preferidas, que normalmente são as clássicas e as mais antiguinhas. Hoje ouvi uma música que conheci na infância (por favor, não façam os cálculos) através de uma tia, adolescente na época, juntamente com tantas outras do Legião Urbana. Coincidência que semana passada o Renato Russo estaria fazendo 50 anos? Não, acho que não. A música que embalou a minha corrida de hoje foi "Quase sem querer" na voz da Zélia Duncan, uma combinação interessante. Incrível essa música ter sido feita na década de 1980 e hoje ela refletir como estou me sentindo. Renato Russo e a sua sensibilidade infinita e sua capacidade de ver além (dos olhos). Minha memória não a apagou e cantarolei toda ela junto com a ZD (como diz a Matinália).
"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso, ainda estou confuso só que agora é diferente, estou tão tranquilo e tão contente... quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria era provar para todo mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém, me fiz em mil pedaços pra você juntar, EU QUERIA SEMPRE ACHAR EXPLICAÇÃO PARA O QUE EU SENTIA, como um anjo caído fiz questão de esquecer, mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira, mas não sou mais tão criança, a ponto de saber tudo... JÁ NÃO ME PREOCUPO SE NÃO SEI PORQUE ÀS VEZES O QUE EU VEJO QUASE NINGUÉM VÊ, eu sei você sabe, quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você...". Valeu Renato, como sempre, me fez refletir!