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Nossa, ando com brancos!
Brancos na mente...vira e mexe esqueço a palavra que percisava para traduzir pensamentos, aí lembro de uma prima paulista que dizia: "como se chama a palavra mesmo?". Pois é, tenho que chamar a palavra, porque ela não vem por conta própria. Isso anda me preocupando, já não tenho palavras para expressar meus sentimentos, pensamentos e ansiedades, é tanta demanda que circulam pela minha cabeça milhões de palavras, palavrinhas e alguns palavrões. Vou começar a distribuir senhas, cada palavra terá uma senha. Ela que aguarde a sua vez. Não quero nenhuma palavra se amontoando uma sobre a outra criando uma confusão na minha cabeça, quero todas em fila, com hora certa para entrar e sair. Do jeito que anda, elas se perdem na minha mente...
Tem as palavras que estão mais recorrentes como história, memória, autoconhecimento, análise, reforma íntima, pensamento, luz, Jesus, identidade, contexto, corrida, música, livros, olimpismo, pão de queijo, café, chocolate, amizade, diferença, aceitação, perdão, autoperdão...e assim vai...
Todas essas palavras vem acompanhadas de tantas outras, uma puxa outra, mas nenhuma chama quando eu peço. Na verdade gostaria mesmo é de fazer uma limpa nas que eu não uso mais e nas que eu não quero mais usar, como medo, tristeza, violência, traição, decepção, pobreza, mau, ruim, chato, machucado, fome, sede, cansaço, entre outras.
E gostaria de colocar algumas em local de destaque para quando a mente estiver vazia ou quando um pensamento inútil aparecer, ela se sobrepor. Elas são: amor, paz, luz, carinho, atenção, humanidade, união, beijo, abraço, sabedoria, borboleta, flor, sol, cachoeira, gérbera, Jesus...
Está na hora de organizar a mente como se fosse o roupeiro, cada coisa em seu lugar, para quando eu quiser usar, achar sem chamar!